Interesse norte-americano por Portugal é imune ao colapso dos bancos

Luis Cura • 23 de março de 2023

Secretário de Estado da Internacionalização garante que há investidores no Texas interessados em oportunidades no nosso país.

O mercado financeiro dos EUA está a passar por um período turbulento depois de o Silicon Valley Bank e do Signature Bank terem colapsado. E esta tempestade também já chegou à Europa, tendo provocado sérios problemas de liquidez ao Credit Suisse. Embora a atual crise financeira esteja debaixo de olho pelos agentes de mercado e por Marcelo Rebelo de Sousa (que vê sinais preocupantes para a economia mundial), osinvestidores norte-americanos não estão assutados e continuam interessados em Portugal, garantiu Bernardo Ivo Cruz, secretário de Estado da Internacionalização, afirmando ainda que há investidores no Texas interessados em oportunidades no nosso país.


Em jeito de balanço da sua primeira visita oficial ao Texas, o governante começou por explicar que o colapso de dois bancos nos Estados Unidos “foi tema de preocupação dos investidores americanos”. Até porque quando se reuniram tinha acabo de ser anunciada a falência do Silicon Valley Bank e, pouco depois, foi também revelado o colapso do Signature Bank, acontecimentos que fizeram soar os alarmes pelo receio de contágio no sistema financeiro mundial.


Mas logo os investidores norte-americanos foram esclarecidos que o sistema bancário português está inserido na Zona Euro e é duplamente regulado. “É regulado pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco de Portugal e, portanto, isso deixou os investidores mais descansados”, continuou Bernardo Ivo Cruz.


Reforçada a confiança no funcionamento do mercado financeiro europeu, o secretário de Estado da Internacionalização garantiu ainda que há investidores no Texasinteressados em oportunidades em Portugal. “Tivemos reuniões com potenciais investidores que têm muito interesse em Portugal, não só pelo que tem para oferecer, mas também Portugal como plataforma de negócios para a Europa e para os países de língua portuguesa”, afirmou o governante, dando nota que também “há boas oportunidades para as empresas portuguesas” no Texas.


Investidores norte-americanos de olho na tecnologia, cinema e televisão em Portugal


Os contactos que o governante estabeleceu com vários setores no Texas, que têm interesse em Portugal e na economia portuguesa, foram “muito interessantes e com potencialidade, nomeadamente nas áreas das tecnologias de informação, cinema e televisão”, destacou ainda Bernardo Ivo Cruz.


“Tivemos conversas interessantes com produtores de televisão que estão a olhar para Portugal como potencial destino de filmagens”, disse. “O facto de termos um filme português nos Óscares também ajudou a chamar a atenção para o nosso país”, frisou, referindo-se a “Ice Merchants”, de João Gonzalez, que foi nomeado para o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação. 


O governante referiu que Portugal já tem uma relação económica com o estado, nomeadamente ao nível da energia, sendo que há empresas portuguesas com relevo na economia texana. “A EDP Renováveis é um bom exemplo de uma empresa portuguesa que tem um papel muito importante no Texas”, afirmou o secretário de Estado. “Se nós temos interesse no gás natural do Texas, o Texas tem muito interesse nas nossas energias renováveis”, acrescentou. 


Houve ainda reuniões com empresas tecnológicas e uma paragem na agência espacial norte-americana. “Tivemos boas reuniões com departamentos importantes na NASA para aquilo que são as nossas ambições de desenvolvimento do setor aeroespacial”, frisou o governante. 


“Estamos a passar por uma boa fase no nosso relacionamento económico com os Estados Unidos e empresas americanas que escolhem Portugal para se instalarem na sua entrada no mercado europeu”, disse ainda o governante, referindo que não é só Califórnia e Costa Leste que têm oportunidades. 


Marcelo vê sinais preocupantes da atual crise financeira na economia mundial (e com eco na Europa)


A dupla regulação do sistema financeiro português e a “robustez” da banca europeia deixou os investidores norte-americanos mais confiantes em seguir com os seus planos de negócios em Portugal. Mas há quem esteja preocupado com os potenciais efeitos da atual crise financeira nas economias. Este é o caso do Presidente da República portuguesa.


Esta quinta-feira, dia 16 de março, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que há sinais preocupantes na economia mundial, com eco na Europa, referindo-se ao colapso de bancos norte-americanos e suas repercussões noutras instituições financeiras e nas bolsas.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio Baldaya, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se preocupado com estes acontecimentos, com o aumento da inflação nos EUA e com a continuidade de "uma política de subida de juros muito acentuada" por parte das entidades reguladoras – o Banco Central Europeu que voltou a subir os juros diretores em 50 pontos, para 3,5%, esta quinta-feira.

“Os sinais de fora inesperadamente não são bons sinais", considera o Presidente da República

"Tudo somado, pode – esperemos que não – dificultar a saída da crise e a recuperação das economias. Esperemos que não, mas já vi noutros tempos garantir que as soluções encontradas para certas crises eram sólidas, e depois não era tão fácil encontrar soluções sólidas", declarou o Presidente da República.


Segundo o chefe de Estado, é uma "situação económica, não especificamente em Portugal, mas no mundo e com eco na Europa", que "não facilita a tarefa dos governos, não facilita a tarefa da recuperação económica, e pode significar a persistência dos fatores de crise".


"Continuamos a ter uma guerra, continuamos a ter uma inflação elevada em vários países do mundo, e esta notícia da subida da inflação dos Estados Unidos e a notícia das hesitações, para não dizer perturbações, em bolsas e em instituições financeiras internacionais não é boa", reforçou.

FONTE: Lusa




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