O imobiliário e a reabilitação de edifícios devem incluir a economia circular e a sustentabilidade
Reabilitação do parque imobiliário habitacional é o grande desafio dos próximos anos para o setor da construção.

Não obstante o setor imobiliário se encontrar com elevado grau de dinamismo, a construção tem, nos próximos anos, o grande desafio da década. O parque imobiliário habitacional encontra-se com um grau de obsolescência elevado e pouco eficiente do ponto de vista energético, sendo por isso, a sua reabilitação, um dos grandes desafios do setor da construção, nos próximos anos.
Com a renovação do parque imobiliário existente, além do aumento da vida útil dos edifícios e o atraso na sua demolição, irá potenciar-se uma melhor habitabilidade e utilização, com o consequente aumento do conforto, e, não menos importante, um ambiente generalizado mais saudável. Uma das iniciativas estratégicas do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) para o intervalo 2022-2025 é a "Economia Circular e Sustentabilidade na Construção e Imobiliário", explica o presidente do Conselho Diretivo do IMPIC, Fernando Batista. O Instituto tem estado envolvido em várias iniciativas ligadas a este tema, desde a participação no Acordo Circular para a Construção, até à participação na revisão de diretivas e regulamentos que, de uma forma ou outra, tenham impacto nos setores da construção e do imobiliário.
Transição para a economia circular
É comummente sabido que a transição para uma economia circular é uma das ambições da União Europeia (UE), sendo uma prioridade a minimização da utilização de recursos, a durabilidade dos materiais e produtos e a (re)utilização dos resíduos gerados de modo que sejam incorporados de volta na economia. A atividade da construção contribui para cerca de metade dos recursos consumidos na UE, pelo que os edifícios assumem um papel determinante na circularidade da economia. Por isso, a melhoria na sustentabilidade do setor da construção é fundamental para a mitigação das alterações climáticas e escassez de recursos.
O Acordo Verde Europeu procura melhorar a sustentabilidade neste setor, sobretudo em dois vetores: 1) através do reforço da legislação relacionada com a eficiência energética e o desempenho energético dos edifícios; 2) através da promoção da eficiência energética junto do utilizador final no contexto residencial. Se dúvidas não subsistem que os novos edifícios precisam de ser neutros em carbono, não é menos verdade que os edifícios existentes precisam de ser melhorados.
Aumentar a esperança de vida dos edifícios
Efetivamente, todos os edifícios precisam de ser renovados regularmente para abordar questões de conforto, segurança ou manutenção e, na prática, quer a renovação energética quer a não energética ocorrem frequentemente em conjunto, e, ainda que requeiram materiais com geração de emissões de CO2, também promovem a redução dessas emissões após renovação. O aumento da esperança de vida dos edifícios é traduzido numa menor procura de novas construções, as quais são utilizadoras intensivas de materiais e de emissão de gases com efeitos de estufa (GEE).
O investimento em materiais duradouros é mais intensivo em emissão de GEE durante a sua produção do que os materiais tradicionais. Aquando da renovação, a substituição de materiais de curta duração por materiais mais duradouros aumentará, ainda mais, a vida útil dos edifícios. Por outro lado, nas novas construções, a sua utilização significa que a necessidade de renovação será menos frequente no futuro. Com o aumento da reciclagem dos materiais reduz-se a necessidade de novos materiais que obrigam à extração de recursos naturais.
A proposta da Comissão Europeia de revisão do Regulamento dos Produtos de Construção criará um quadro harmonizado em que os novos requisitos para a conceção e o fabrico de produtos de construção de nova geração os tornarão mais duráveis, reparáveis, recicláveis e também fáceis de reutilizar.
FONTE: negocios
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Luis Cura
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Century21 Arquitectos
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